Observem a crítica sútil nesta obra. Aliás, vejam o tom irônico nesta obra. Sintam!
O porquinho, afável porquinho, encontra-se prontinho pra virar comida de uma farta ceia de pessoas felizes e descontraídas. O porquinho da obra está cuidadosamente preparado por mãos habilidosas para ser jantado. A cebola, a bandeja. E, por fim, representando o drama trágico, a pintura vermelha no focinho. O colar de pérolas negras. Tudo indica que teremos festa. E teremos sim. O porquinho suculento será o prato principal.
Situação cômica e trágica, não?!
Neste caso em particular, o porquinho seria o prato principal. Felizmente nosso querido andarilho Chippado o rouba e livra-o de um fim macabro.
Mas os porcos, entre outros tantos animais, não são criados com este propósito, com a finalidade de nutrir o ser humano? Sim, realmente são.
E provavelmente continuarão sendo criados em confinamento justamente para essa finalidade.
Mas isto não diminui, e muito menos elimina, o peso que provavelmente tem essas mortes em nossas vidas. Há quem diga que, energeticamente e até mesmo espiritualmente, essas práticas comprometem nosso equilíbrio, nossa saúde como um todo.
Sobre isto cabe repensarmos, colocarmos na balança e nos conscientizarmos sobre os prols e os contras que envolvem esta prática.
Duma coisa temos certeza: este, o porquinho da obra em questão não terá um fim trágico. Com certeza nas mãos do Chippado ele será muito bem cuidado.
CHIPPADO E A PORQUINHA
Acrílico sobre tela / 80 x 110 cm ( 0,88m²) / 2022
R$ 15.840,00
