Nesta, o Chippado mantém uma relação amorosa e pacienciosa, tanto com a natureza tipicamente brasileira representada pelo cacau, quanto com o Chimpanzé que se aventura em “procurar o conhecimento de si mesmo”, atitude representada pelo dedo que enfia ingênua e naturalmente na maçã. Ao observar a obra podemos constatar um clima de tranquilidade. Se imagine andando sozinho em meio a natureza, bela e rica natureza. Ai você de repente se pega refletindo sobre a vida. Você olha ao seu redor e tudo parece fazer parte do seu ser, falar com você; então toca nas plantas, flores, sente o aroma das frutas, observa os detalhes das borboletas, o sutil e determinante bater de asas de uma borboleta; e zás, tudo ao seu redor se conecta a você. Enquanto isso, simultaneamente, o “chimpanzé” da sua vida, na sua cabeça, cujo animalzinho curioso casualmente você também encontra pelo caminho, vai mexendo, remexendo lentamente com seus pensamentos, e como quem não quer nada coloca o dedinho lá dentro da psiquê te fazendo compreender por alguns poucos minutos, o que você é, quem você é, o que você quer desta vida. O processo continua…
O Chippado pede, implora: Pare! Descanse e reflita sobre o que realmente te faz feliz. Viva! Viva cada momento em conformidade com aquilo que te faz bem enquanto pessoa, ser humano, ser vivo, e não mude o foco só por vaidade e ganância. O preço pode ser bem alto, e vem, com certeza ele virá senão logo nos dias que se seguem, com certeza no final da vida quando você olhar para trás e perceber que poderia ter vivido intensamente as relações interpessoais, o amor para consigo mesmo e para com todo o vasto e fantástico Ecossistema. Pelo o que se vê na referida obra, o Chippado realmente aprendeu a conviver em harmonia com seu “chimpanzé” interior e com toda a natureza que o envolve, eis a questão. Vale a pena tentar!
CHIPPADO, O CHIPANZÉ E O DEDO NA MAÇÃ
Acrílico sobre tela / 150 x 170 cm (2.55m²) / 2019
R$38.250,00
